Tive a impressão que foi de repente que ele dominou a timeline das minhas redes sociais, mas quem entende do assunto garante que não. A bebida que ganhou força na Espanha – e na Europa, de um modo geral – , casas especializadas em São Paulo, também tem sido a aposta da carta de drinques de vários bares e restaurantes da região. Estou falando do gim-tônica.

Conversando com uma amiga sobre o assunto, ela sugeriu que a moda poderia ser reflexo de uma novela global que tem uma personagem viciada na bebida. Na opinião do meu amigo Caio Bonneau, bartender do Jundu Praia Bar (Ubatuba), foi a popularização da bebida que a levou para as telinhas. Mas, afinal, o que é que o gim-tônica tem?

Caio Bonneau explica que o drinque clássico tem características que agradam muito o paladar do brasileiro: o zimbro (fruta base do gim) trás a refrescância; o quinino (da tônica), o seco; e a casca do limão, o cítrico.

“Essas características tornam a bebida muito fácil de harmonizar com comidas leves, qualquer tipo de peixe. Vai muito bem com um ceviche, por exemplo”, sugere Caio. No entanto, o bartender do Jundu lembra que hoje existem diferentes tipos de gim, cada um com uma característica diferente.

Há, inclusive, segundo Caio, pelo menos 10 marcas de gim feitos no Brasil, além das bebidas importadas. Ele explica que cada fabricante adiciona especiarias diferentes no processo de produção que são responsáveis por essas variações de sabores e aromas.

Caio Bonneau. Foto: Andre Yamamoto

 Clássico. Com a popularização do gim-tônica, muitas casas estão apostando em diferentes combinações, mas Caio lembra que o drinque clássico leva gim, tônica e limão. No Jundu, o “Caiçara GT”, é feito com uma fatia de limão-cravo e folha de mexerica para aromatizar a bebida.

“É preciso tomar cuidado com o que você prova, pois já vi receita de gim-tônica com xarope de qualquer coisa ou ainda suco de fruta. Ai deixou de ser gim-tônica, virou outro drinque”, explica Caio.

O gim, inclusive, aparece em outros drinques clássicos, como o Dry Martini. Cabe ao bartender, com tanta variedade existente hoje, degustar e testar, para saber o que melhor combina com cada um deles.

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