Nesse final de semana acontece a feira “Comidas Típicas do Brasil” no Parque da Cidade, em São José dos Campos. Serão quase 100 barracas, de comidas e artesanato, onde o público poderá provar receitas diversas da culinária de norte a sul do país. Entre os pratos, feijoada, carne de caranguejo com arroz na manteiga de garrafa e farofa paraense, vatapá de camarão etc.
O churrasco no fogo de chão, típico do sul do Brasil, será preparado pelo ex-MasterChef Fernando Ferreira. Confira a entrevista exclusiva com o cozinheiro.
De que forma a gastronomia entrou na sua vida?
Desde pequeno gostava de preparar churrasco com meu pai, fazer compras, ajudar no preparo dos alimentos. Mais tarde, quando comecei a praticar MMA e fisiculturismo, senti a necessidade de preparar minha própria comida e foi aí que comecei a pesquisar sobre os temperos, especiarias… Até que surgiu a ideia de gravar o vídeo de inscrição do MasterChef e acabei entrando.
O MasterChef é um divisor de águas na sua carreira?
Pra mim e pra quem, assim como eu, é apaixonado por gastronomia, quer trabalhar com isso e teve essa oportunidade. O programa ajuda a encurtar alguns caminhos. No meu caso, ajudou a transformar em profissão o que, até então, era uma paixão. O MasterChef é quase uma faculdade e pós-graduação juntos (risos). É um “intensivão”, se aprende muito. Além disso, ajuda a resgatar memórias da infância, que às vezes ficaram esquecidas, lembranças de momentos na cozinha, de sabores… No ano passado, nessa época, eu estava participando da seleção. Ou seja, faz só um ano que recomecei do zero e aprendi muito de lá pra cá.
Você conheceu muitos ingredientes novos?
A maioria dos ingredientes a gente nunca viu. E fora isso tem a questão da pressão. O tempo que eles dão para cozinhar é no limite. Se dessem um minuto a menos para cada prova, certamente a gente não conseguiria entregar o prato. E durante todo o programa, fora das gravações, a gente aproveita para estudar muito e cozinhar, testar coisas e se preparar.
O que achou da vitória do Pablo nessa última edição do MasterChef Profissionais?
O Francisco e o Pablo são excelentes cozinheiros. Os dois mereciam ganhar. Mas gostei muito da vitória do Pablo, ainda mais porque tive a oportunidade de ajudá-lo numa das últimas provas. Ele é um grande chef.
E como estão seus projetos?
Logo que a gente sai do programa, a primeira ideia que vem é montar um canal no YouTube para continuar mostrando nossas receitas, mas é um projeto que dá muito trabalho. Além do canal, criei o EGG, que tem o objetivo de levar gastronomia diversificada e lazer para as pessoas por meio de atividades esportivas, que são as duas coisas que mais gosto.
E tem a intenção de abrir seu próprio restaurante?
Devo inaugurar, em breve, um serviço de delivery e, assim que as coisas tiverem ajustadas, tenho a intenção de abrir o salão para receber também o público no local.
O que você vai preparar para o público no festival “Comidas Típicas do Brasil” aqui em São José?
Tenho um conexão muito grande com churrasco e com o fogo, por causa do meu pai. Então vou preparar um varal de galetos e costela assados no fogo de chão. É uma cozinha lenta, a carne leva 8h para ficar pronta, exige cuidado com a brasa, com o vento e traz um pouco da cultura do sul do país. Além disso, vou aproveitar a brasa para assar a abóbora cabotia, para fazer um purê rústico, e defumar alguns legumes que depois também serão braseados. O evento vai ser muito bacana e especial.
Você acha que nós brasileiros estamos valorizando mais a nossa gastronomia?
Sim, e programas de TV estão ajudando as pessoas a olharem mais para nossos ingredientes. No MasterChef, por exemplo, a gente tinha prova temática sobre as regiões do Brasil. Os cozinheiros estão mais conscientes e o público mais exigente, quer saber a origem do alimento e como ele é processado. E isso é bom.
Serviço:
Feira “Comidas Típicas do Brasil”
Data: 8, 9 e 10 de dezembro, a partir das 11h
No Parque da Cidade: Av. Olívio Gomes, 100, Santana – São José dos Campos
Entrada gratuita