Sabe aquela expressão “comer com os olhos”? Para mim, ela sempre teve um significado bem mais amplo do que a apresentação do prato, com a disposição milimetricamente orquestrada dos alimentos, detalhes, toques pessoais. Extrapola os limites da própria louça e se espalha para o jogo americano, mesa, luminária, paredes, formas, texturas, cores e por aí vai.
O ambiente é parte da experiência. Como tal, colabora para criar o cenário perfeito para passar uma mensagem, propor um conceito e, mais do que isso, envolver. E nossos olhos são criteriosos. Admiram a beleza das coisas, se encantam com a harmonia dos tons bem pensados e nos colocam em estado exultante de receptividade. Claro, também aumentam a expectativa. E, vale lembrar, a alquimia dos temperos é o objetivo fim dessa odisseia do sabor. Mas isso já é outra história que não ouso conjecturar.
Cada vez mais, profissionais da arquitetura e do design de interiores se dedicam à criação de projetos exclusivos ao segmento gastronômico. E, neles, especificidades contribuem – e muito – para os resultados que impactam na experiência gustativa. É a origem do contexto. Formas e cores atuando como fios condutores de prazer. Dopamina visual!
E, desse incrível poder sobre o nosso estado de espírito, nasceu a minha paixão pelo design de interiores. Durante os mais de 10 anos que escrevi sobre o tema para jornais e revistas, de participar de um seleto grupo de discussão de pautas para a principal revista de arquitetura do país, ser premiada, percebi o quanto essa arte tem o poder de impactar positivamente a vida das pessoas.
A partir de agora, te convido a acompanhar comigo essa aventura em busca de joias de forma e sabor. Vamos juntos, aqui no Degusta Vale, descobrir como os estabelecimentos têm investido na proposta estética de seus ambientes. Conhecer as ideias, tendências, aplicações, especificações, resultados. Para mim, é um prato cheio! E para você? Me diga, a sua fome é de quê?
