André Manz nasceu em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, e iniciou sua carreira profissional no futebol. Logo que se mudou para Portugal para jogar como goleiro, ele acabou quebrando a mão e, por isso, precisou dar outro rumo para sua carreira no país lusitano.

Anos mais tarde, em 2004, ele e sua família decidiram se estabelecer na pacata vila de Cheleiros, oeste de Portugal. Foi então que começou a história da vinícola boutique Manzwine. André buscou o auxílio do povo local e iniciou uma produção caseira de vinhos, apenas para consumo próprio.

Passado algum tempo, ele percebeu que em seu vinhedo existia uma variedade branca que nem seus enólogos assistentes sabiam identificar. Após a ajuda de um conselho regional, se descobriu que aquela era a Jampal, uma casta portuguesa praticamente extinta. Após a vinificação dessas videiras, o resultado final foi surpreendente: um vinho branco diferente, emblemático! Após esse sucesso a vinícola se profissionalizou e começou a comercializar seus vinhos.

“Não quero fazer muito vinho. Quero fazer bons vinhos!”, frase de André Manz que acabou se tornando o mote de sua vinícola. Apesar do projeto Manzwine ter nascido como uma forma de recuperação de uma casta, logo evoluiu para resgatar toda uma tradição vitivinícola da vila de Cheleiros.

Para reforçar essa missão, foi criado o vinho ícone Pomar do Espírito Santo Reserva, com produção limitada e garrafas numeradas. As uvas que o compõem são Aragonez, Touriga Nacional e Castelão, todas elas colhidas no primeiro e mais antigo vinhedo da produtora. Sua maturação ocorreu por 12 meses em barricas de carvalho francês com topos de carvalho americano. Esse é um exemplar que recebeu 92 pontos na Wine Enthusiast (EUA) e seu potencial de guarda vai além de 10 anos.

De cor rubi com reflexos violáceos, esse é um Reserva português de primeira linha. Seus complexos aromas crescem muito à medida que o vinho respira em taça, remetendo a chocolate, groselhas negras maduras, cassis, especiarias e baunilha. No paladar se apresenta macio, embora seja estruturado.

Seus taninos aveludados têm perfeita harmonia com a acidez. A temperatura ideal de serviço é de 18°C. Esse é um exemplar ideal para ser degustado em uma noite um pouco mais fria, com acompanhamentos como pernil de cordeiro grelhado, massas com ragú de carne ou queijos maduros.

Texto do Sommelier Rodrigo Ferraz – Direitos Reservados

O vinho está disponível na loja virtual Vinhos de Bicicleta

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