Uma boa alimentação ajuda a manter o sistema imunológico forte e pode te dar mais tranquilidade para passar pelo momento que vivemos, de pandemia do coronavírus.
Para começar, a principal orientação do nutricionista Matheus Villela é que a base das suas refeições sejam os alimentos in natura (legumes, frutas e verduras), frescos, aqueles minimamente processados. Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e alimentos com adição de açúcar. Corte aqueles petiscos industrializados entre as refeições!
“O álcool esteriliza a flora bacteriana boa, enquanto o açúcar favorece a proliferação de bactérias nocivas e aumenta a barreira intestinal, por onde entram coisas mal digeridas e maléficas ao organismo. Reduzir o açúcar e o álcool vai ajudar a diminuir o processo inflamatório do organismo”, explica.
Outra orientação é para quem faz dietas restritivas, especialmente sem acompanhamento profissional. Pare! O nutricionista explica que cortar o carboidrato, por exemplo, principalmente quem faz exercício físico, pode resultar a uma deficiência nutricional e derrubar o sistema imune, o que aumenta a chance de adoecer.
Apesar de não combaterem os vírus e as bactérias, as bebidas quentes, como os chás, auxiliam na boa alimentação, pois o organismo consegue absorver mais fitoquímicos, que são as substancias presentes plantas e essenciais para uma boa saúde. Aposte também nelas!
Refeições. Na prática, comece seu dia comendo frutas associadas à aveia e outros tipos de farelos, ricos em fibras, que alimentam as bactérias boas e ajudam a manter integridade intestinal. Morango e kiwi são boas apostas. Ovos também! A gema tem vitaminas do complexo B, E e A e, principalmente os ovos caipiras, são ricos em betacaroteno (que garante aquela cor alaranjada à gema), que otimizam o sistema imunológico.
No almoço, coma um prato de folhas para absorver fibras e micronutrientes. A dica do nutricionista Matheus Villela é fazer um mix de agrião, alface, espinafre e repolho crus. Na sequência, um prato de sobremesa de legumes cozidos, ao vapor. “É sempre bom fazer essa variação porque algumas substâncias só são absorvidas nos alimentos cozidos e outras só nos crus”, explica Villela.
Nos lanches intermediários, os iogurtes ajudam a aumentar a carga proteica, o que garante saciedade, além de a proteína ter papel fundamental no sistema. E nas refeições maiores, como almoço e jantar, acrescentar óleos e azeites, que são anti-inflamatórios.
“Já a suplementação é bem-vinda e pode ajudar, mas o uso, assim como o de multivitamínicos, deve ser feito só com instrução. Há produtos importados com porcentagem de até 1000% a mais de substâncias recomendadas diariamente. Por isso é importante acompanhamento profissional, fazer exames que mostrem a quantidade exata que cada organismo precisa”.
Para complementar, o nutricionista recomenda a prática de atividade, evitando grupos, seguindo as recomendações. Também durma bem e evite o estresse que diminuem a capacidade do sistema agir. Chás de camomila, erva-doce, folha de maracujá etc, associadas ao própolis, que também é anti-inflamatória, são boas pedidas.
Importante reforçar que o sistema imunológico forte não impede o contágio por qualquer tipo de vírus ou bactéria, por isso, seguir as recomendações de prevenção e higiene são tão essenciais quanto as dicas de alimentação.