Uma mesa farta, repleta de alimentos preparados com ingredientes regionais, agroecológicos, muitos vindos da agricultura familiar. Com um verdadeiro banquete para cerca de 200 pessoas, cozinheiros, chefs, produtores rurais, nutricionistas e outros profissionais ligados à alimentação promovem o “Banquetaço” em São José dos Campos.
O local escolhido para o evento, que acontece no dia 27 de fevereiro em 15 estados do país, foi o Largo da Igreja São Benedito, em frente à Praça Afonso Pena, centro de São José. O espaço vai receber representantes do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e do Litoral Norte.
“O ‘Banquetaço’ valoriza a importância da participação social, democratizando o acesso à comida de verdade. É um banquete coletivo e solidário, que pretende alertar para a fome, o excesso de agrotóxicos e outras substâncias nocivas”, diz Glenn Makuta, representante da Associação Slow Food Brasil e um dos organizadores do “Banquetaço” nacional.
O “Banquetaço” é um movimento apartidário, que convida a população, movimentos sociais, organizações, coletivos e profissionais ligados à alimentação a refletirem sobre o Direito Humano à Alimentação Adequada e sobre a importância da participação da sociedade civil nesse debate sobre a segurança alimentar. A ação que acontece na próxima quarta começou a ser organizada depois da assinatura da MP 870 em 1º de janeiro desse ano e que extinguiu o CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) que atuava nessa causa.
“Vale, Mantiqueira e Litoral Norte têm uma ligação muito forte por meio da cultura caipira e caiçara. Então, é muito feliz essa nossa reunião para mostrar que os profissionais da alimentação que atuam aqui na região se preocupam, sim, com esse tema, com a nossa autenticidade e diversidade alimentar”, afirma Vitor Pompeu, que é chef, professor de gastronomia e um dos organizadores do evento.
Segundo Vitor, a partir da organização do “Banquetaço” em São José dos Campos o grupo pode perceber que existem vários projetos que atuam nessa causa, independentemente do CONSEA, embora, de acordo com o professor, o coletivo espere que a extinção do Conselho seja revista.
Para Heloina Pimentel, que também atua na organização da ação localmente, um dos principais problemas da assinatura da MP 870 e da extinção do CONSEA é que a medida desconsidera o papel da sociedade civil no debate da segurança alimentar e nutricional e na construção das políticas públicas que envolvem a alimentação.
Banquetaço – São José dos Campos
Dia 27 de fevereiro (quarta-feira), a partir de 12h
No Largo da Igreja São Benedito (em frente à praça Afonso Pena)
Saiba mais: https://www.facebook.com/direitoalimentacaodeverdade/