Ele garante que foi fisgado pela boca. No jogo da conquista, ela dizia ser uma cozinheira de mão cheia. O fato é que 12 anos depois do casamento, comemorados neste domingo, dia 25, a nadadora e empresária Fabíola Molina, de São José dos Campos, ainda não fez a receita que prometeu para o marido, o também nadador Diogo Yabe, no início do relacionamento em 2002, como sendo a sua especialidade: tutu de feijão.
“Uma vez, fomos dar entrevista juntos para uma rádio e eu disse que fazia um tutu de feijão maravilhoso. Aí, o Diogo falou: ah, então você sabe fazer tutu de feijão? Faz um dia para mim? Eu falei: faço, pode deixar, você vai ver que o meu tutu é muito bom. Enfim, a gente se casou e nunca fiz (risos). A receita virou uma lenda”, se diverte Fabíola Molina.
E sabe-se lá por qual motivo, o Diogo nunca quis colocar o talento da Fabíola na cozinha à prova, principalmente porque na casa dos nadadores quem cozinha é ele: “Não sou nenhuma especialista, ainda mais porque o Diogo gosta de cozinhar. Então, essa coisa de ser boa cozinheira foi revelada mesmo só no namoro, mas nunca se concretizou”, acrescenta.
UNIÃO. O casal se conheceu em 2002, quando Diogo Yabe se mudou de Londrina (PR) para integrar o time de natação de São José dos Campos, passando a treinar na mesma equipe de Fabíola, na Associação Esportiva São José. Na preparação para um sul-americano, os dois cada vez mais próximos, até que combinando de saborear uma iguaria típica da nossa gastronomia regional, o bolinho caipira, no Asilo Santo Antônio, o casal saiu junto pela primeira vez.
“Eu tinha ido comer bolinho com uma amiga. Ela foi embora, eu e o Diogo acabamos indo jantar na Cantina da Nena, era 12 de junho, o restaurante decorado para o Dia dos Namorados, já rolou aquele clima. Mas o primeiro beijo só aconteceu em 20 de junho quando fomos ao cinema. Era a Copa do Mundo no Japão, tinha um jogo às 3h da manhã, Brasil e Inglaterra, mas como encontraríamos o pessoal da natação para assistir só à 1h, fomos ao cinema antes”, relembrou.
COZINHA. A partir daí o casal não se desgrudou mais. Em 2005, já noivos, eles se mudaram dos Estados Unidos para a Itália, país que segundo Fabíola Molina, exerce forte influência na culinária de Diogo que adora cozinhar massas. Aliás, ela garante que o nadador se sai muito bem quando o assunto é improvisar com os ingredientes que estão na geladeira.
“Ele é muito criativo. Tem dias que ele faz algo bem tradicional, outros é inovador. Junta tudo, usa, por exemplo, gengibre, geleia e quer fazer surpresa para eu adivinhar os ingredientes. Ele gosta de fazer uma massa que vai abobrinha e linguiça. São receitas bem temperadas, com bastante azeite. Eu diria que a culinária dele tem bastante influência italiana”, disse Fabíola, ao ressaltar que paella e churrasco estão entre os pratos favoritos do marido.
FAMÍLIA. Se cozinhar é quase uma exclusividade de Diogo, quando o assunto é comida saudável e bons hábitos alimentares, o casal divide a responsabilidade de educar as duas filhinhas, Louise Maria (3) e Aimée (1), que desde cedo já seguem o cardápio dos ex-atletas. A primogênita come de tudo: arroz, feijão, todos os tipos de carne, peixe, frango e vegetais. A caçulinha ainda está descobrindo as suas preferências: cenoura, abobrinha, lentilha e por aí vai.
“A Louise já está comendo cebola assada. Incentivamos bastante também a ingestão de líquidos fora das refeições. De vez em quando elas comem umas besteirinhas, mas no dia a dia a alimentação é bem certinha. Elas acabam comendo muito parecido com a gente, pois este é o nosso cardápio.”
Completando 12 anos de casamento neste domingo, Fabíola e Diogo não programaram nada de especial por conta de compromissos profissionais e familiares. A comemoração foi antecipada quando eles tiraram um dia para curtir sozinhos a corrida de Fórmula 1. E a essa altura do texto vocês, certamente, devem estar se perguntando: mas e o tutu de feijão? Calma, ainda não é dessa vez. Isso será pauta para a próxima entrevista, quando a Fabíola ensinar passo a passo a sua receita que, por enquanto, continua sendo uma lenda (pelo menos para o Diogo).