Vicentin é um nome forte na Argentina, pois carrega consigo o legado de uma família batalhadora, que prosperou em diversos ramos de atividade, principalmente no último século.

Sua interessante jornada pela vitivinicultura começou em 2009, quando foi criada a Vicentin Family Wines. O objetivo da família não era construir uma vinícola, mas sim um projeto para enaltecer as virtudes da Malbec através de vinhos de alta gama. A família Vicentin começou a selecionar em diferentes partes de Mendoza pequenas produtoras familiares, com reconhecida tradição e produções limitadíssimas. O intuito era reunir o expertise de cada produtora e, sobretudo, a expressão de cada microterroir.

Para auxiliar nessa busca e dar início ao projeto, os Vicentin chamaram ninguém menos que Paul Hobbs, considerado um dos maiores enólogos da atualidade, que traz no currículo a mítica nota 100 de Robert Parker e lugar cativo na lista dos melhores vinhos do mundo da Wine Spectator.

Para auxiliar nessa jornada, foram chamados outros 3 grandes nomes: Pepe Reginato, German Oteiza e Carola Tizio, a brilhante enóloga-chefe por trás da criação dos vinhos Vicentin. Em seus 7 anos trabalhando na produtora, ela desenvolveu diversos vinhos e espumantes com características únicas, entre eles o Blanc de Malbec: um vinho branco de uva tinta!

Para essa façanha ser realizada, a enóloga explica que as uvas devem ser vinificadas no mesmo dia da colheita. O passo seguinte é separar o fruto do engaço e depois a casca da polpa, para que o processo de fermentação comece. Este vinho foi produzido em vinhedos das cidades de La Consulta e Vista Flores, em Tunuyán (Mendoza). O vinho envelhece por 6 meses em barricas de carvalho americano e seu potencial de guarda é de 8 anos.

A elegância deste varietal começa em seu visual, uma coloração amarelo ouro, com tons de âmbar. No nariz, seus aromas exibem complexas notas de violeta, morango, lichia, pêssego em calda, canela e madeira.

Em boca apresenta ótima acidez e untuosidade, com presença marcante de sabores de morango e ameixas secas. Frescor e leve picância dão o toque final neste vinho tão peculiar.

Tente harmonizá-lo com pratos intensos ou um pouco mais gordurosos, como filé de pintado com manga e castanha de caju, carré de cordeiro com crosta de ervas, pato confit com farofa de frutas ou risoto de shimeji, brie e uvas verdes. A temperatura ideal de serviço é de 14ºC.

Texto do Sommelier Rodrigo Ferraz – Direitos Reservados

O vinho está disponível aqui na loja virtual do Vinhos de Bicicleta.

Deixe uma Resposta

5 × quatro =