O nome Chilcas foi dado pelo povo Quechua para uma planta comum de ser encontrada nas encostas da Cordilheira dos Andes, que hoje faz parte da incrível paisagem ao redor dos vinhedos da produtora Chilcas. Inclusive, no próprio logo da vinícola existe uma referência e pequena homenagem à cordilheira. Essa bodega artesanal se dedica exclusivamente à produção de vinhos de alto padrão, em quantidades limitadas.
Seu enólogo-chefe é Camilo Viani, formado em enologia pela Universidade do Chile. Camilo possui uma vasta experiência na produção de vinhos chilenos, já tendo trabalhado para as renomadas Concha y Toro, Casas del Bosque e Viña de Martino, além de ter participado de visitas técnicas em produtoras da França, Nova Zelândia, Estados Unidos, Austrália, Itália e Espanha. Hoje esse experiente enólogo vive com sua esposa Rossanna e seus 2 filhos no Valle de Curicó, dedicando seu tempo e paixão às vinhas próprias da Chilcas.
O rótulo Chilcas Reserva Carménère nasceu no vinhedo de El Condor, na sub-região de San Rafael, localizada no Valle del Maule, a 80 km do Oceano Pacífico e 24 km da Cordilheira dos Andes. Nessa área o clima é mediterrâneo, com constante influência das brisas frias noturnas provenientes do Oceano Pacífico e da Cordilheira dos Andes.
Ali foram cultivadas as 3 castas que compõem esse exemplar, a Carménère (90%), a Cabernet Franc (6%) e a Cabernet Sauvignon (4%). A idade média das vinhas é de 15 anos e a colheita de todos os frutos aconteceu de forma manual. Antes de ser comercializado, o vinho estagiou por 14 meses em barricas de carvalho francês. Recebeu a premiação de Best Buy pela Wine Spectator e seu potencial de guarda é de até 8 anos, segundo o próprio enólogo.
O Chilcas Reserva Carménère apresenta intensa coloração rubi, com reflexos violáceos. No nariz é um vinho de intensidade aromática marcante, típica da Carménère, remetendo a frutas vermelhas e negras, além de toques de baunilha, ervas e tabaco. Já no paladar é um exemplar de corpo médio para robusto, com ótima acidez e taninos aveludados.
Boas harmonizações para esse rótulo seriam tábua com embutidos e queijos de sabor intenso, paleta de cordeiro com tempero de ervas ou então costela bovina com manteiga no vapor. A temperatura ideal de serviço é de 18°C.
Texto do Sommelier Rodrigo Ferraz – Direitos Reservados
Vinho disponível na loja virtual Vinhos de Bicicleta