Desacelera, ‘aê’!

Esses dias eu estava ouvindo rádio (sim, ouço e adoro!) e uma entrevista me chamou bastante atenção. Não sei se você já ouvir falar do Marcos Piangers. Ele é pai e fez disso uma profissão super bacana. Escreveu um livro que chama “Papai é Pop” e foi um dos mais vendidos no ano do lançamento.

Se você já ouviu falar dele, com certeza foi através de um vídeo em que ele fala algumas coisas como: “seu filho não precisa de um carro maior, de uma casa maior, de brinquedos caros. Ele só precisa de você, da sua companhia, e isso é de graça!” Simples, não é? Pois é, mas o cara virou um fenômeno por dizer coisas tão simples. Por que será?

Talvez porque a verdade seja um tapa na cara. Talvez porque nós estamos condicionados a querer sempre mais e achar que isso é o correto. Ou simplesmente porque foi o que nossos pais nos ensinaram e nunca sequer contestamos. Mas, o fato é, será que precisamos mesmo de tanto?

Você já parou para pensar nas lembranças que você tem da sua infância? Eu já. E por pior que seja a minha memória, eu sempre, sempre, tenho meus pais presentes em tudo que me lembro dessa época. Juro que não sei como eles conseguiam, pois os dois trabalhavam muito, justamente por achar que nós precisávamos sempre de mais. Mas eles foram extremamente felizes (e eu muito sortuda) por conseguirem equilibrar o trabalho e a vida familiar.

E hoje? O que estamos fazendo para desacelerar e passar um tempo maior com quem nos importa? Eu sei que é piegas, mas a vida é curta e as pessoas que amamos não estarão sempre ao nosso lado. E você? Só pensando em ganhar mais para gastar mais e ter que ganhar ainda mais? Sério? E aquelas histórias de quem já ganha mais do que 99% das pessoas consideradas “normais” e não tem tempo para gastar a própria grana? Piada, não?

É por isso que lhe convido para uma reflexão. Será que não está na hora de curtir mais a sua vida, agradecer pelo que tem e quem sabe até doar um pouco do que recebe, para ajudar alguém? (tenho certeza que você tem um coração grande!).

A medicina Aiurvédica (medicina tradicional oriental) diz que parte do nosso equilíbrio financeiro vem da doação. Dê para receber. Dinheiro é energia e o que doamos volta para nós. Não estou te incentivando a ir a uma igreja e doar o famoso dízimo, mas se é o que seu coração diz para você fazer, faça.

Minha intenção aqui é mostrar que existem vários outros caminhos de doação. Você pode ajudar algum vizinho que precisa. Pode fazer mais comida na hora do almoço ou jantar, e doar para algum morador de rua. Pode comprar sacos de lixos das pessoas que vendem na rua. Ou pode escolher, com sabedoria, uma instituição e dedicar um pouco de tempo ou dinheiro a ela.

Dedique-se aos outros. À sua família, aos amigos e ao seu crescimento interior. Ser saudável não é só comer bem e praticar exercícios, é também ser feliz e completo. É uma felicidade que vem de dentro pra fora, que é demonstrada através dos seus atos, do seu sorriso e da forma com que lida com os outros. Pratique o desapego, trabalhe essa felicidade em você e desacelera aê! Dinheiro não é tudo nessa vida. Acredite 😉