Quando resolveu apostar no conceito de “chef delivery”, há oito anos, inspirada pelo serviço prestado pelas banqueteiras, Luciana Ribeiro não imaginava que, em tão pouco tempo, o conceito — hoje conhecido como “personal chef” –, ganharia tanta popularidade.
A glamorização da profissão do chef de cozinha, o sucesso dos programas de TV que deram mais visibilidade e valorizaram a função acabaram fortalecendo a gastronomia e, consequentemente, esse serviço que agora também começa a entrar na febre dos aplicativos de celular e sites especializados, como o “Meu Bistrô” e o “Welcome Chef”.
Apesar do grande número de adeptos nas capitais do Brasil – e também no exterior – na região, ainda é tímida a adesão dos chefs à tecnologia. Para Luciana Ribeiro, de Taubaté, que tem formação pela New Zealand School of Food and Wine, a ferramenta pode ser uma boa oportunidade para quem precisa de uma vitrine para o trabalho.
“Como já estou no mercado há oito anos não sinto a necessidade de me hospedar nesses sites e aplicativos, até porque eles são pagos. Se você já está inserido no mercado, porque pagar por um aplicativo se você pode ter retorno de 100% do seu lucro pra você? Mas pra quem não sabe como fazer o seu marketing pessoal ou está começando a carreira, pode ser uma forma de dar visibilidade ao trabalho”, afirma Luciana.
Apesar de estar começando a investir na carreira de chef e concordar com a opinião de Luciana Ribeiro, Nathanael Freitas, que tem 21 anos e faz curso de Especialista em Gastronomia e Alta Cozinha do IGA (Instituto Gastronômico das Américas), em São José dos Campos, também não viu a necessidade de apostar nos aplicativos e sites especializados.
“Acredito que ainda é pequeno o grupo de pessoas que investe nesse tipo de serviço, mas o que percebo é que quando as pessoas contratam o personal chef tendem a aprovar e se tornar um cliente, contratando novamente em outras ocasiões. Isso me faz acreditar que o serviço tende a crescer nos próximos anos e, aí sim, esses aplicativos devem ganhar mais força também por aqui”, afirma Nathanael.
O jovem cozinheiro conta que trabalhar como personal chef foi a forma que ele encontrou de manter o emprego atual, mas já ganhar dinheiro com a gastronomia. Para ele, as vantagens são muitas, desde a oportunidade de conhecer mais e se desenvolver em diferentes áreas da culinária, até a formação de público para um futuro negócio no ramo com ponto fixo.
“Já para o cliente, acredito que os aplicativos facilitam o acesso e a escolha de acordo com a especialidade de cada chef, além de poder saber qual a avaliação de outros clientes que já contrataram aquele serviço”, diz Nathanael.
Numa pesquisa pelos principais sites e aplicativos, o único nome regional que encontramos foi o da chef Thais César, de Pindamonhangaba, cadastrada no site “Meu Bistrô”. Thais é formada pelo Senac Campos do Jordão e é especialista em finger-foods, gastronomia contemporânea e petit comitê.
O serviço. Um dos atrativos do personal chef é a oportunidade de ter acesso a uma gastronomia mais sofisticada com um custo mais baixo que o praticado em restaurantes. A chef Luciana Ribeiro explica que isso é possível porque o cozinheiro utiliza a estrutura da casa do cliente e não tem despesas fixas como aluguel, energia, gás etc.
“E o chef faz tudo pelo cliente, desde a seleção e compra dos ingredientes, passando pelo preparo dos pratos, até a limpeza da cozinha. O cliente acaba sendo um convidado, que tem acesso a uma gastronomia de qualidade, com menu personalizado, dentro do conforto da sua própria casa”.
Segundo Luciana, um jantar que o cliente pagaria R$ 150 num restaurante, com o serviço de personal chef, pode sair por cerca de R$ 90 por pessoa.
Luciana Ribeiro
www.facebook.com/luribeirochefdelivery
Cel. (12) 99237-5237
Nathanael Freitas
Cel. (12)98213-0485
Thais César
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