O cozinheiro Felizardo Ricardo. Foto: André Yamamoto/Divulgação

É um até breve! O chef Ricardo Felizardo embarca hoje para Florianópolis (SC) para tocar um novo projeto na área de comida de rua e logo estará de volta. Pai do Samuel, 10 anos, e do Romeo, 2 aninhos, São José dos Campos permanece na sua rota. Afinal, nem só de comida vive um cozinheiro. Matar a saudade (que já bateu) dos garotinhos também alimenta.

Quem acompanha a trajetória do cozinheiro sabe que ele tem um envolvimento profundo com a comida de rua. Sua história começou aos 17, vendendo cachorro-quente em uma barraquinha. Aliás, a paixão pelo segmento certamente começou muito antes, quando ainda menino ele já despertava dentro de uma Kombi, estacionada na feira livre, para acompanhar o trabalho dos pais que são paranaenses.

O movimento gastronômico que vem das ruas está na essência de Felizardo. É por isso que ele aceitou o convite do chef curitibano Beto Caron para criar um truck e viajar de Floripa a Curitiba, servindo um menu a base de frutos do mar. “A pesquisa agora será baseada nas ostras. Passei uma temporada em Ubatuba, tenho experiência com comida asiática e apareceu essa oportunidade”, disse Felizardo, que na capital já trabalhou no Sakagura A1 com Shin Koike, chef japonês que se tornou uma de suas referências.

Para embarcar no projeto, foi preciso adiar outros planos como iniciar uma vivência na Ásia, passando por países como Vietnã e Tailândia, regiões que têm muito a compartilhar sobre a comida de rua. “Os trabalhos do Felizardo por aqui continuam. Estou indo levantar a bandeira da comida de rua em outro lugar.”

Aos 35 anos, Felizardo gosta de perceber as pessoas mais preocupadas com a saúde e valorizando a gastronomia, principalmente a que vem das ruas. Quando ele iniciou neste universo, a onda “Food Truck” não tinha força e comer em barraquinha era “desglamour.” Tanto que vender cachorro-quente era coisa de “skatista maconheiro”, sempre “tirado como marginal” e “menino de bairro.”

“A comida de rua está ganhando força, se tornou o salto alto da gastronomia, mas eu enfrentei preconceito. Hoje tem sido assunto nas rodas de conversa, nos programas de TV e estão valorizando um movimento que já acontece há algum tempo. Por outro lado, tem gente que acha que colocando alguma coisa na rua tem que cobrar caro. Há uma falha na relação entre quem executa o trabalho e quem consome”, explicou.

Para acompanhar a “food trip”, em breve Felizardo deve lançar um canal no YouTube. Para a nossa alegria, saibam, em primeira mão, que ele também é colunista do Degusta Vale e em breve vai compartilhar muita ideia boa por aqui! Aguardamos juntos!

Deixe uma Resposta

dezessete − treze =