Banquetaço realizado em 2017 em São Paulo. Foto: Divulgação/Banquetaço

Uma mesa farta, repleta de alimentos preparados com ingredientes regionais, agroecológicos, muitos vindos da agricultura familiar. Com um verdadeiro banquete para cerca de 200 pessoas, cozinheiros, chefs, produtores rurais, nutricionistas e outros profissionais ligados à alimentação promovem o “Banquetaço” em São José dos Campos.

O local escolhido para o evento, que acontece no dia 27 de fevereiro em 15 estados do país, foi o Largo da Igreja São Benedito, em frente à Praça Afonso Pena, centro de São José. O espaço vai receber representantes do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e do Litoral Norte.

“O ‘Banquetaço’ valoriza a importância da participação social, democratizando o acesso à comida de verdade. É um banquete coletivo e solidário, que pretende alertar para a fome, o excesso de agrotóxicos e outras substâncias nocivas”, diz Glenn Makuta, representante da Associação Slow Food Brasil e um dos organizadores do “Banquetaço” nacional.

O “Banquetaço” é um movimento apartidário, que convida a população, movimentos sociais, organizações, coletivos e profissionais ligados à alimentação a refletirem sobre o Direito Humano à Alimentação Adequada e sobre a importância da participação da sociedade civil nesse debate sobre a segurança alimentar. A ação que acontece na próxima quarta começou a ser organizada depois da assinatura da MP 870 em 1º de janeiro desse ano e que extinguiu o CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) que atuava nessa causa.

Vale, Mantiqueira e Litoral Norte têm uma ligação muito forte por meio da cultura caipira e caiçara. Então, é muito feliz essa nossa reunião para mostrar que os profissionais da alimentação que atuam aqui na região se preocupam, sim, com esse tema, com a nossa autenticidade e diversidade alimentar”, afirma Vitor Pompeu, que é chef, professor de gastronomia e um dos organizadores do evento.

Segundo Vitor, a partir da organização do “Banquetaço” em São José dos Campos o grupo pode perceber que existem vários projetos que atuam nessa causa, independentemente do CONSEA, embora, de acordo com o professor, o coletivo espere que a extinção do Conselho seja revista.

Para Heloina Pimentel, que também atua na organização da ação localmente, um dos principais problemas da assinatura da MP 870 e da extinção do CONSEA é que a medida desconsidera o papel da sociedade civil no debate da segurança alimentar e nutricional e na construção das políticas públicas que envolvem a alimentação.

Banquetaço – São José dos Campos
Dia 27 de fevereiro (quarta-feira), a partir de 12h
No Largo da Igreja São Benedito (em frente à praça Afonso Pena)
Saiba mais: https://www.facebook.com/direitoalimentacaodeverdade/

 

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